segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reflexões de minha bisavó: É preciso coragem para ser feliz!


Há cinco anos minha amada bisavó, Adelaida Dunia Zählen von Hein (1927-2006), findou sua missão na Terra, mas deixou um vasto oceano de sabedoria conosco. Com base nisso, todos os meses Espaço Cultura trará gotas de oceano de conhecimento, como forma de homenagear essa mulher, de valores inenarráveis, sublimes e que dedicou sua vida a formar pessoas melhores. Neste mês de novembro, a reflexão escolhida é um incentivo para sermos felizes.

Palavras de minha bisavó

 "Quando eu ainda era menina eu gostava de observar pelas janelas a chuva cair. E eu sempre vi as chuvas como corajosas. Pois os sócios de papai que viam do centro de Berlim para nossa fazenda maldiziam-na. Acredito que eles a achavam desnecessária. Mas a medida que cresci, vi que não somente a chuva precisava de coragem para molhar a terra, mas nós também precisamos de coragem para sermos felizes. Mas por que precisamos ser corajosos para sermos felizes? Porque teremos que enfrentar muitos obstáculos para alcançarmos a plenitude da felicidade. Em nosso caminho rumo à felicidade duros espinhos nos causarão feridas profundas. Aí entra em cena a coragem. Devemos ser corajosos para enfrentarmos a dor dessas feridas, estancarmos o sangue e cuidarmos para que essas feridas cicatrizem. Se queremos ser felizes, devemos nos preparar para sermos criticados. Pessoas baixas tentarão fazer-nos cair. Irão pronunciar palavras mau faladas. Na jornada da felicidade estejam preparados: Existem os invejosos. Os que irão lançar em nós todas as pedras possíveis para cairmos. Não só os invejosos cruzarão nosso caminho, mas também os falsos amigos. Que mostrarão sua face verdadeira e nos causarão aflição. Esses são apenas alguns motivos que nos pedem coragem. Porém, nossa coragem deve nos impulsionar a lutarmos com nós mesmos. Pode até parecer que não,mas se quisermos ser felizes, devemos nos preparar para nos vencermos. Pois somos nossos maiores obstáculos na estrada da felicidade. Nossos medos, preocupações e aflições nos fazem retroceder. Mas será que vale a pena retrocedermos? Será que vale a pena cedermos a covardia e pararmos de buscar a felicidade? Será que seríamos grandes se suportássemos os obstáculos impostos por outros e sucumbirmos aos obstáculos que nós mesmos nos impusemos? Eu, aos meu 62 anos, acredito cega e indubitavelmente que NÃO. Pois se alcançarmos a plenitude da felicidade iremos suplantar todos os nossos medos e então poderemos dizer que realmente somos felizes. Se um ser é corajoso, ele e feliz. A felicidade é o prêmio dos que enfrentam a tudo e a todos, sem se deixarem abalar. Somente o corajoso alcança seus objetivos. Os de espírito covarde jamais alcançam seu objetivos e automaticamente, não alcançam a felicidade. Pois, como já disse, repito e sempre irei insistir: a felicidade pertence aos corajosos! Portanto, jamais deixem de ser corajosos. Pois é a sua coragem que estampa em seus rostos, esses belos sorrisos, que fazem de vocês esses seres felizes e radiantes!"

Essa preciosa reflexão foi dita a um casal de netos de um grande amigo portenho de minha bisavó. No dia 13 de maio de 1989, na cidade de Buenos Aires, Argentina. Na época ela contava com 62 anos de idade. Com certeza, em 1989, essa reflexão beneficiou aquele casal de adolescentes. Como hoje, 22 anos depois, ela continua beneficiando a todos que a leem, não com os olhos, mas com o coração.

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