sábado, 14 de julho de 2012

Educação: países que fizeram a lição de casa


Por Matheus Pinheiro Teutschbein

Investir em educação foi a chave do sucesso econômico de várias nações. Assim, o Brasil precisa aprender com esses países, uma vez que, pretende alçar vôos maiores. A seguir, estão estas dicas a serem seguidas por nossa nação.

Aqui mesmo na América do Sul, a reforma educacional chilena começou nos anos 70, na ditadura Pinochet, com a descentralização e privatização do ensino.  Nessa etapa, garantiu-se a presença de 100% das crianças entre 6 e 13 anos na escola. Em 1990, após a democratização, começaram a ser implementadas ações para melhorar a qualidade do ensino: bolsas de especialização para professores no exterior, informatização das escolas, mudança no sistema de avaliação dos alunos. No Chile, todas as escolas, inclusive as particulares, recebem verba pública e contribuição de alunos.
Na Europa, mais exatamente na Espanha, a reforma educacional, finalizadas em 2002, dividiu a vida escolar em três ciclos obrigatórios: infantil, primário e secundário. Nos dois últimos ciclos, os estudantes podem optar pelo ensino técnico ou pela universidade. Com o sucesso da reforma, 70% dos alunos que concluem o ensino médio matriculam-se numa universidade.
A Irlanda, por sua vez, decidiu investir em educação nos anos 60. Estava muito atrás de outros países europeus. O número de vagas do ensino médio e superior foi ampliado. Em 1960, o país tinha menos de 20 mil universitários. Em 2003, eram 128 mil. Além do investimento na universidade tradicional, o governo criou faculdades técnicas e abriu vagas de ensino em tempo integral. Em 1985, 40% dos jovens com 18 anos passavam o dia na escola. No ano de 2002, já eram 62%.
Assim, na Ásia, a Coreia do Sul, ao final da Segunda Guerra Mundial, seu governo investiu pesadamente no treinamento de professores, na distribuição de livros na escola e na alfabetização de adultos, na expansão das vagas no ensino médio e superior e na criação de faculdades de Pedagogia para formar professores. Em 1950, o pais tinha 19 universidades. Em 2001, chegou a 1261. O número de alunos no ensino superior saltou de 7819 para 3,5 milhões no mesmo período.
Enquanto isso, na Malásia, a primeira medida foi a unificação do idioma, no final dos anos 50. O governo padronizou o currículo, investiu na formação de professores e ampliou as vagas no ensino médio. Instituiu-se o conceito de educação contínua, que vai além do período escolar formal.
Finalizando, a Índia, mesmo apresentando uma lata taxa de analfabetismo (39%), o governo investiu maciçamente em escolas técnicas e universidades para formar profissionais de tecnologia. Com isso, conseguiu ganhar mais da metade do mercado mundial de tecnologia da informação.
Enfim, com muita boa vontade e altos investimentos do governo, no setor educacional, foram as receitas para que ocorresse o grande sucesso de seus ensinos. Então, só resta ao Brasil segui-los, à risca.

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