De origem camponesa, nascida por volta de 1412, Joana D'Arc é uma das figuras mais célebres da história. Dona de uma história em que impera a injustiça e a falsidade, e apenas séculos depois, brilha a justiça, ela é vista como um símbolo da força feminina.
Por volta dos treze anos, Joana começou a ter visões e ouvir vozes, que logo ela se tornou convicta serem da parte de Deus. Nos jardins de sua casa, o arcanjo Miguel, a virgem-mártir Margarida e Catarina da Alexandria surgiram para a jovem e lhe incumbiram a missão: liderar um exército e conduzir príncipe Carlos para ser coroado.
Motivo de dúvida e deboche pelos conselheiros do príncipe, Joana na cidade que estava sitiada mostrou seu valor. Pôs fim ao cerco anglo-bergonhês, que durava sete meses.
A história acredita que esse primeiro êxito militar da donzela foi facilitado por uma série de coincidências. Seja como for, esse e os outros triunfos militares de Joana, fizeram em julho de 1429, príncipe Carlos ser coroado Carlos VII, rei da França. Que fez questão de ter ao seu lado a donzela, que pela orientação divina, o fez triunfar.
Após o cumprimento de sua missão sua sorte começou a mudar drasticamente. Sofreu seu primeiro fracasso e foi gravemente ferida. Mais tarde, foi presa e vendida aos ingleses. Foi entregue ao Tribunal do Santo Ofício, onde alguns de seu líderes receberam altas quantias em dinheiro, para guiar o processo muito mais como uma vingança desenfreada que o julgamento de uma herege.
Seu processo de julgamento pela Inquisição, foi repleto de atos que fugiam aos princípios do tribunal. Nenhuma testemunha foi ouvida, a não ser ela própria; os pedidos da jovem ré por uma apelação junto ao papa e ao Concílio de Basel, não foram aceitos pela Inquisição.
Quando tudo parecia Ter chegado ao fim, o tribunal tramou para que ela reincidisse na heresia e fosse condenada a morte. Dessa forma ela foi condenada e queimada em praça pública, na cidade de Rouen, na França.
Mas em 1452, com o apoio do papa Calixto III, Jean Bréhal, o novo líder da Inquisição francês, fez uma nova avaliação do julgamento de Joana. Os documentos de seu processo foram rasgados e declarados "falsos", "caluniosos" e "mentirosos". O fato de Joana ter sido presa em uma prisão comum, conforme a vontade dos guardas, insinuou uma forma de forçá-la a "reincidência" de seus supostos crimes.
No ano de 1909 a heroína Joana D'Arc, foi beatificada pela Igreja Católica. Em 1920, ela foi canonizada pelo papa Bento XV.
A declaração, de uma mulher que ajudou a coroar um rei e foi abando nada por ele e que foi injustiçada por um tribunal da maior Igreja Cristã do mundo, como santa fortaleceu a imagem de Joana D'Arc como mártir e ícone feminino. Função que ela começou a cumprir, assim que as primeira labaredas da fogueira começaram a arder, naquele remoto final de maio de 1431.
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